Nesta sexta-feira (21/04), Manu Gavassi lança seu terceiro álbum de estúdio, MANU. O lançamento ocorre quase um ano e meio após o seu EP Vício que marcou uma grande mudança na sua carreira. De músicas sobre amor e decepções com apenas voz e violão, Manu foi para canções empoderadas, com batidas eletrônicas bem mais pop.
O CD marca uma continuação do que o EP trouxe e traz uma Manu bem mais madura e decidida. Nesta quinta (20/04), a cantora fez a primeira audição do álbum para os fãs na sede do Spotify Brasil, em São Paulo, e lá conversou com a CAPRICHO sobre o que podemos esperar do álbum, suas inspirações e deu até um spoiler da turnê e do livro que vai lançar no meio do ano.
CH: Agora é oficial, o álbum vai ser lançado. Como está a expectativa?
Manu: Nossa, a expectativa está a melhor possível. Eu fiquei um ano e meio pensando nesse CD e trabalhando para que ele acontecesse. Ontem eu peguei pela primeira vez o CD físico na mão e fiquei tipo: “Eu nem acredito que isso existe”. (risos) Estou muito feliz. E só pela primeira música, Hipnose, eu vi a resposta dos fãs e foi super positiva, então mal posso esperar para saber a opinião sobre o CD inteiro.
CH: Você falou que está trabalhando nesse álbum há um ano e meio, mas a visão de fora é que tudo passou muito rápido. As coisas de Vício ainda estavam rolando e do nada você anunciou o lançamento do álbum…
Manu: Deixei todo mundo esperando o clipe de Farsa né… (risos)
CH: É! Então… Mas, na verdade, você já estava preparando o álbum há um tempão.
Manu: Sim, sim. Depois que Vício foi lançado eu já comecei a pensar no CD, porque, para mim, o CD só existe por conta desse EP. Ele foi a primeira vez que eu experimentei a minha voz e as minhas composições em batidas eletrônicas e um pop que eu nunca tinha ousado fazer antes, porque eu ficava mais no seguro. Eu sempre escrevi no “voz e violão”, então para mim aquilo era seguro. Mas, a partir do momento que eu vi como as músicas ficavam no palco e fiz uma mini turnê de Vício, eu vi que era aquilo que eu queria fazer. Escrever um CD inteiro assim. Foi a partir daí que o álbum surgiu.
CH: De Clichê Adolescente para Vício a mudança foi imensa. Você sentiu alguma mudança de Vício para MANU?
Manu: Acho que sim. Claro que, em Vício, os arranjos já eram bem eletrônicos, já era bem mais pop, foi uma mudança grande. Mas eu acho que, principalmente de temática, mudou bastante para esse CD. Eu sempre fui muito obcecada pelo amor. Por estar apaixonada, pelos relacionamentos, eu amo isso, amo essas histórias. Acho que isso me move em muitos momentos e me movia muito para compor. Só que nos últimos três anos eu parei e pensei: “Cara, não é mais isso que me motiva a compor, porque agora minha vida não tá mais assim. Tipo, o foco da minha vida agora não é em um relacionamento amoroso, não é procurar esse amor. O foco é meu relacionamento comigo mesma”. Eu me descobri como essa jovem menina-mulher, de 20 e poucos anos, que eu sou. Então eu senti que estava muito mais focado em mim. E acho que dá para perceber até nas músicas mais românticas do CD, Fora de Foco e Antes do Fim, que eu abordo o amor de uma maneira diferente. Não é mais da mesma maneira adolescente que eu via antes. Acho que eu amadureci em vários aspectos e isso me fez mudar meus conceitos sobre muitas coisas. Acho que é uma mudança que dá para perceber, as pessoas vão sentir nas letras.
CH: E o nome, MANU, reflete isso, né?
Manu: Sim! É um recomeço, exatamente como eu estou me sentindo agora.
CH: Você tem uma música favorita?
Manu: Ai, tenho super! As pessoas sempre acham que não dá para ter uma favorita, mas a minha é Aqui Estamos Nós. É uma música que surgiu depois de uma conversa que eu tive com as minhas amigas sobre o que era o amor para a gente agora e sobre a nossa geração, que tá completamente conectada o tempo todo, como a gente nunca teve tanto acesso a todo mundo e a tudo e, ao mesmo tempo, se sente muito sozinho. Acho que é uma coisa meio geral assim, pelo que eu tenho conversado com a galera da minha idade e essa música nasceu disso. Então, pra mim, é uma música muito especial, que resume bem todas as outras do CD, resume bem o momento que eu to vivendo e eu me identifiquei muito com ela no momento que eu fiz e me identifico com ela agora também, por isso é minha favorita do CD.
CH: O clipe de Hipnose já começou com uma polêmica, por causa do gringo que acusou de plágio, mas, na real, o clipe foi inspirado mesmo no da Zella Day, você já tinha falado e dado os créditos. Como que foi isso?
Manu: Exato! Na verdade, eu estava trabalhando muito, já estava ensaiando, então eu não estava completamente ciente dessa polêmica até depois dela. Porque, na verdade, o que eu fiquei sabendo foi que algum diretor tinha falado alguma coisa no Twitter só que o diretor do clipe mesmo me mandou uma mensagem superfofa por DM me agradecendo, falando que tinha amado meu trabalho e que ficou muito feliz de saber que o clipe dele, de alguma forma, inspirou o meu trabalho e que chegou até o Brasil, porque ele é um diretor novo. Daí ele falou que queria muito trabalhar comigo e pediu para eu avisar quando for para os Estados Unidos para fazer um clipe com ele. Então, para mim, foi muito positivo.
CH: Então, você acha que, se você for para os Estados Unidos, rola um clipe com ele?
Manu: E já tenho planos para os próximos clipes, mas eu estou tentando colocar isso, porque ele é um cara supertalentoso.
CH: Você está com os ensaios da turnê a todo vapor. O que você pode dar pra gente de spoiler?
Manu: O spoiler é que eu to com dores em partes do meu corpo que eu nem sabia que dava para sentir dor (risos). Vão ter muitas danças e eu não estava nada acostumada com essa rotina. Eu estou com uma coreógrafa agora, porque o show vai ser bem diferente. Esse CD pedia essa mudança, as músicas estão com uma pegada mais animada. Vai chamar “Turnê Manu” mesmo e as datas começam a sair a partir de sexta, 21.
CH: E o que você está planejando para a setlist? Vai trazer alguns covers, ou algumas músicas antigas?
Manu: Vou trazer umas antigas também. Pretendo fazer um momento violão no meio do show para cantá-las. Vou colocar um cover também, talvez Shape of You, do Ed Sheeran, que eu amo. Vão ter quase todas de Vício também.
CH: A gente pode falar mais detalhadamente sobre isto mais pra frente, mas eu tenho que perguntar sobre o seu livro, porque você começou bem antes do álbum, né?
Manu: É, o livro tá finalizado desde o ano passado, só que a gente preferiu esperar até o lançamento do CD. Ele é uma ficção baseada em fatos reais. Na verdade, eu nunca pensei em escrever um livro na minha vida porque eu levo muito a sério essa profissão, acho que é muito difícil. E eu comecei a escrever essa história, na verdade, como uma série. Eu tinha essa ideia e comecei a escrever, por conta própria. E aí, quando eu mandei para meu amigo roteirista, ele falou: “Legal, mas sabe que você não sabe nada de roteiro, né? Isso não é um roteiro, isso é um livro, você escreveu uma narrativa”. Mas ele falou pra eu continuar escrevendo porque a história estava muito legal, daí eu continuei. Eu tenho diário de praticamente todas as minhas idades, desde uns 6 anos até os meus 17. E isso eu sabia escrever, daí eu pensei em escrever o livro nesse formato. É como se fosse um caderno de uma menina de 17 anos que chama Nina, que é bem doidinha, mas muito legal. E algumas histórias eu me baseei completamente na minha vida, foram situações que eu vivi e que eu pensei como seria na vida dessa menina de dezessete anos que está no colégio. E outras situações eu peguei da vida da minha irmã mais nova, ou de coisas que eu sei que amigas minhas passaram. Teve total influência de todo mundo da minha vida e foi um trabalho que eu tenho muito orgulho de ter feito. Lança na metade do ano pela Rocco.
Maravilhosa! MANU já está disponível em todas as plataformas digitais e nas lojas físicas. Quem já está escutando no repeat?