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Ser fã de BTS é também ser contra o ‘PL da gravidez infantil’. Entenda

#ArmyContraPL1904 tomou conta das redes sociais ao lado de outras ações para barrar o projeto de lei.

Por Gustavo Balducci Atualizado em 14 jun 2024, 18h54 - Publicado em 14 jun 2024, 18h08
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esmo em meio às comemorações do 11º aniversário de estreia do BTS, que acontecem durante o mês de junho, e do retorno de Jin após um longo período distante dos palcos cumprindo o alistamento militar, um assunto não passou despercebido dos fãs brasileiros do grupo de k-pop.

Criado pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), o Projeto de Lei 1904/24, que equipara o aborto ao homicídio, incluindo casos de estupro de crianças e adultos com útero, tem chamado a atenção nas redes sociais, principalmente entre os fandoms de divas pop, como Taylor Swift, Anitta, Beyoncé e BLACKPINK, que estão se mobilizando junto à deputada Erika Hilton (PSOL-SP) para sensibilizar os parlamentares. Quase 300 mil pessoas já assinaram um abaixo assinado virtual intitulado de “Criança não é mãe”.

Conhecido como “PL contra o aborto” e “PL do incentivo ao estupro”, o projeto teve um pedido de urgência aprovado na última quarta-feira (12/06) pela Câmara dos Deputados. Somando forças contra essa ação, o ARMY tem utilizado a hashtag #ArmyContraPL1904, que chegou aos assuntos mais comentados do X, antigo Twitter.

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“Não vamos parar de pressionar”, disse a organização Army Help The Planet em uma postagem. Conhecidos por seu poder de engajamento, os fãs de BTS são experts em ativismo digital. Basta lembrar de quando eles conseguiram 1 milhão de dólares para o movimento Black Lives Matter, da luta contra os incêndios no Pantanal ou da campanha de vacinação na época da Covid-19.

“Podemos realizar mudanças significativas ainda que sejam com pequenas ações”, contou uma das representantes do AHTP à CAPRICHO em 2020. Nos próximos dias, manifestações estão programadas para acontecer em todo o país – e o ARMY deve marcar presença.

Atualmente, a lei permite que o aborto seja liberado em caso estupro, anencefalia do feto ou risco de vida à gestante. Se a PL for aprovada, toda pessoa que realizar o procedimento acima de 22 semanas poderá ser condenada de 6 a 20 anos de prisão. Já o crime de estupro, no entanto, possui sentença de 6 a 10 anos.

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