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Fefe Schneider destaca similaridades com sua história em Avassaladoras 2.0

Em entrevista exclusiva para a CH, a atriz e influenciadora nos contou sobre sua identificação com a protagonista de Avassaladoras 2.0, seu novo filme

Por Arthur Ferreira 4 fev 2024, 10h01

Fefe Schneider está prestes a estrear seu primeiro filme como protagonista nos cinemas. A atriz e influenciadora dará vida a jovem Bebel no longa Avassaladoras 2.0, um spin-off de Avassaladoras, de 2002. Em entrevista exclusiva à CAPRICHO, Fefe nos revelou que sua história se assemelha muito com a de sua personagem e que compartilha dos mesmos traumas e sonhos que ela.

“Na trama, a Bebel e a mãe mudam-se para os Estados Unidos, vivendo com o atual padrasto. Ele acaba falecendo e elas voltam para o Brasil. Isso é exatamente o que aconteceu na minha vida. A história de Bebel reflete muito a minha própria experiência, e as produtoras comentaram que minha interpretação foi impactante justamente porque eu estava vivenciando o sentimento de perda do meu pai, que havia falecido há um mês“, contou Fefe Schneider à CH.

A nova produção nacional é baseada no roteiro original do filme Avassaladoras (2002), escrito por Mara Mourão, e apresenta Bebel (Fefe Schneider), uma adolescente apaixonada pelo influenciador ativista ambiental J-Crush (Murilo Bispo). De sua casa em Hollywood, ela troca mensagens com J se passando por uma atriz em ascensão. Porém, Laura, sua mãe, (Juliana Baroni) decide que elas irão passar férias no Brasil, onde ela tem sua farsa desmascarada e vê os planos com o amor de sua vida escaparem. Agora, com a ajuda de Lu (Bibi Tatto), sua melhor amiga super sincera, e sua mãe, Bebel vai tentar reconquistá-lo. Nessa tentativa de recuperar o amor e falar a verdade, segredos vão ser revelados e mãe e filha descobrem que têm muito mais em comum do que podem imaginar.

O sonho da Bebel é se tornar atriz, algo que também sempre foi meu sonho. No enredo, ela se envolve em uma trama de verdades e mentiras para conquistar o J Crush, um influenciador digital. Essa parte da história também tem paralelos com a minha vida, já que J Crush é um influenciador muito famoso, e Bebel acredita que a única maneira de conquistá-lo é se tornar famosa também”, contou Fefe. “Ela acaba mentindo para alcançar seus objetivos, não apenas para J, mas também para sua mãe e sua melhor amiga, Lu, interpretada por Bibi Tatto, que é minha amiga na vida real.”

Confira o vídeo que a Fefe fez junto com a CH, mostrando sua primeira reação ao filme:

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Além de Avassaladoras 2.0, Fefe também participa do elenco de Mamonas Assassinas – O Filme, que está em cartaz nos cinemas. Na trama, ela vive Adriana, uma personagem fictícia que representa algumas namoradas que Dinho teve na vida real. “Como atriz, sempre é emocionante participar de um filme baseado em fatos reais. Pessoalmente, quando vejo um filme que é baseado em fatos reais, isso já me prende 20 vezes mais. Eu queria muito participar desse filme porque sei o quanto os Mamonas são importantes para a cultura brasileira. Depois de 27 anos da tragédia, eu acredito que essa história tinha que ser contada de alguma maneira.”

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A admiração de Fefe por histórias reais vai muito além dos papéis que ela interpreta. Totalizando quase 30 milhões de seguidores espalhados por suas redes sociais, o principal conteúdo de Fefe são seus vídeos contando histórias de true crime e acontecimentos bizarros e sobrenaturais. Ela explicou que seu fascínio por esses temas vem desde a infância, influenciada pelas profissões de seus familiares.

“Meu avô era detetive, minha mãe é advogada e meu pai é desembargador, então todos seguiram para uma área jurídica. Sempre gostei desse tema de falar sobre crimes, casos sobrenaturais e coisas assim. No entanto, sabia que não queria ser a pessoa que julga, que diz: ‘Você está certo, você está errado, você vai para a cadeia, você não vai.’ Ou defender alguém nesse sentido legal. Então, tentei encontrar um local onde pudesse falar sobre isso, onde pudesse dar voz a alguns assuntos da minha maneira, juntando minha paixão por artes cênicas com a narrativa de contar histórias.”

Eu sei que o que falo não é um conteúdo 100% leve, eu abordo casos de pessoas perdendo a vida e situações bizarras. No entanto, tento trazer isso como informação, alertando para que essas coisas não se repitam e destacando que, infelizmente, o mundo tem eventos trágicos. A justiça deve ser feita, e tento dar visibilidade a esses casos não com o intuito de incentivar, mas sim de aprender.

Fefe Schneider, para a CAPRICHO

Sobre produções futuras, além da estreia de Avassaladoras 2.0 nos cinemas, Fefe também nos contou que participou das gravações da série Wander, que está sendo produzida pela Warner Channel ainda vai ganhar data de estreia e, segundo ela, “envolve lobisomens e vampiros, com cenas de sangue e explorando o mundo sobrenatural. Foi uma experiência incrível atuar nesse universo, envolvendo demônios e situações bastante intensas.”

Vem ler a entrevista completa com ela abaixo:

CAPRICHO: Você trabalha nesse meio artístico desde muito nova, você começou a sua carreira de modelo ainda criança. Fez seu primeiro longa-metragem aos 16 anos, isso sem falar das suas redes sociais. Como foi para você crescer nesse meio?

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Fefe Scheneider: Eu sempre tive o sonho de ser atriz. Acho que, enquanto crescia, assistia muito à Disney e a filmes musicais, e pensava: “Caramba, é exatamente isso que eu quero fazer”. Eu sempre tive essa vontade de representar outras personalidades e, de alguma maneira, viver outras vidas dentro da minha, em outras realidades diferentes. Criei meu canal no YouTube porque eu não sabia como poderia chegar nos testes de elenco, então achava que a internet poderia abrir essa porta para mim. Meu grande objetivo era que algum diretor ou alguém que trabalhasse com filmes olhasse e dissesse “essa menina pode estar aqui”. 

Comecei o canal e sofri muito bullying na escola por conta disso. As pessoas falavam mal e diziam que eu nunca chegaria a lugar nenhum. Isso me fortaleceu para entender que era o que eu queria. Aos 16 anos fiz meu primeiro filme, O Segredo de Sara e depois disso, graças a Deus, não parei mais. Sempre foi desafiador porque ouvi muito que eu não chegaria a alguns lugares, e isso acabava um pouco comigo. Não acabava com meus sonhos, mas eu duvidava de mim e às vezes acreditava que talvez estivesse sonhando alto demais. Acho que se a gente não sonha, a gente não chega a lugar nenhum, né? Foi complicado, mas eu sabia que se continuasse persistindo, daria certo em algum momento.

Quais são suas maiores inspirações como atriz?

Sempre fui muito fã de Selena Gomez, Demi Lovato e Miley Cyrus. Acho que “Hannah Montana” despertou algo em mim muito louco, sabe? Todas elas começaram muito jovens, então eu me espelhava muito na carreira delas. Continuo me inspirando, até a ponto de ter uma tatuagem para Demi Lovato. Depois fui amadurecendo e conhecendo outras atrizes como Meryl Streep, Amanda Seyfried e Viola Davis, sou apaixonada por elas. 

O que inspira o conteúdo que você compartilha nas redes sociais?

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Meu avô era detetive, minha mãe é advogada e meu pai é desembargador, então todos seguiram para uma área jurídica. Sempre gostei desse tema de falar sobre crimes, casos sobrenaturais e coisas assim. No entanto, sabia que não queria ser a pessoa que julga, que diz “você está certo, você está errado, você vai para a cadeia, você não vai”. Ou defender alguém nesse sentido legal. Então, tentei encontrar um local onde pudesse falar sobre isso, onde pudesse dar voz a alguns assuntos da minha maneira, juntando minha paixão por artes cênicas com a narrativa de contar histórias.

Quando morava nos Estados Unidos, em 2020, o TikTok estava começando, e eu pensei: “Cara, no Brasil, não tem mulheres falando sobre isso.” Depois conversei com o TikTok, e eles disseram que fui a primeira mulher a trazer o true crime para o Brasil em vídeos curtos. O interessante é que algumas pessoas me procuram para contar casos que talvez a mídia não cubra ou que não tenham muita visibilidade. Minha DM fica cheia de pessoas falando: “Ah, isso aconteceu na minha cidade, fala sobre isso, esse caso precisa de atenção.” Então, encontrei um espaço de voz para algumas pessoas compartilharem casos que desejam discutir.

Você tem quase 7 milhões de seguidores no Instagram e quase 3 milhões no YouTube. Como você percebe a responsabilidade que vem com uma audiência tão vasta?

Sinto que tenho uma responsabilidade com as pessoas que me seguem, porque sei que não falo apenas com adultos, falo com crianças, mulheres e homens de diferentes idades. Sei que tenho que agir e tentar ser a melhor versão possível e o mais amável possível, pois lembro quando era criança e pedi para tirar uma foto com uma pessoa famosa que foi muito grossa comigo. Aquilo me impactou e prometi a mim mesma que, se um dia fosse conhecida, nunca trataria alguém assim.

Eu sei que o que falo não é um conteúdo 100% leve, eu abordo casos de pessoas perdendo a vida e situações bizarras. No entanto, tento trazer isso como informação, alertando para que essas coisas não se repitam e destacando que, infelizmente, o mundo tem eventos trágicos. A justiça deve ser feita, e tento dar visibilidade a esses casos não com o intuito de incentivar, mas sim de aprender.

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Como foi interpretar a personagem Adriana em uma produção que conta uma história que é tão marcante para os brasileiros, como a dos Mamonas Assassinas? 

Como atriz, sempre é emocionante participar de um filme baseado em fatos reais. Pessoalmente, quando vejo um filme que é baseado em fatos reais, isso já me prende 20 vezes mais. Eu queria muito participar desse filme porque sei o quanto os Mamonas são importantes para a cultura brasileira. Depois de 27 anos da tragédia, eu acredito que essa história tinha que ser contada de alguma maneira. Tivemos muito acesso à família. Converso todos os dias com a irmã do Dinho, a Grace, que me chama de cunhada. Criamos uma relação muito próxima.

Viver a Adriana foi muito especial para mim. Pude incorporar algumas das namoradas do Dinho em uma só personagem. A história é sobre os Mamonas, mas também precisava abordar alguns enredos da parte romântica e familiar, pois isso também fazia parte de quem eram os Mamonas. Eles não eram apenas engraçados e brincalhões; tinham uma vida pessoal. Queríamos mostrar no filme como eram em casa, suas relações. Adriana é um personagem forte, juntando essas namoradas, uma delas com um desejo de que Dinho fosse o principal, sem dar muitos spoilers.

“Avassaladoras 2.0” é um spin-off de “Avassaladoras”, um filme dos anos 2000. Como você descreveria a trama e como você se identifica com a personagem? 

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Este é o meu primeiro filme como protagonista e a história se assemelha muito à minha vida real. Na trama, a Bebel e a mãe mudam-se para os Estados Unidos, vivendo com o atual padrasto. Ele acaba falecendo e elas voltam para o Brasil. Isso é exatamente o que aconteceu na minha vida. Eu fui morar nos Estados Unidos com minha mãe e padrasto, mas ele faleceu, e então voltamos para o Brasil. A história de Bebel reflete muito a minha própria experiência, e as produtoras comentaram que minha interpretação foi impactante justamente porque eu estava vivenciando o sentimento de perda do meu pai, que havia falecido há um mês.

O sonho da Bebel é se tornar atriz, algo que também sempre foi meu sonho. No enredo, ela se envolve em uma trama de verdades e mentiras para conquistar o J Crush, um influenciador digital. Essa parte da história também tem paralelos com a minha vida, já que J Crush é um influenciador muito famoso, e Bebel acredita que a única maneira de conquistá-lo é se tornar famosa também. Ela acaba mentindo para alcançar seus objetivos, não apenas para J, mas também para sua mãe e sua melhor amiga, Lu, interpretada por Bibi Tatto, que é minha amiga na vida real. 

Pode nos contar alguma história engraçada ou alguma curiosidade do set?

Eu e meu pai temos uma conexão com borboletas e é por isso que tenho essa tatuagem de borboleta no braço. Uma das coisas mais loucas que aconteceram nos sets foi que todos os dias, a gente via uma borboleta, todo santo dia. Teve um dia que a gente acordou e foi para o set, e aí todo mundo começou a brincadeira: “Cadê o pai da Fernanda? Não vi nenhuma borboleta hoje.” Aí quando fomos para o Bondinho, onde estávamos gravando no Rio, a diretora disse “senta em qualquer banco, escolhe um.” O Bondinho é grande, poderia ter escolhido qualquer um, mas vi um banco e disse “ah, vamos naquele ali”. Quando fomos sentar, tinha uma borboleta branca no assento. Tirei uma foto, comecei a chorar, e a Bibi também chorou. 

Além de “Avassaladoras 2.0”, existem outros projetos futuros nos quais você está trabalhando e pode compartilhar conosco?

Avassaladoras 2.0 estará nos cinemas em breve. Mamonas Assassinas – O Filme já está em cartaz e em breve também estará disponível no Amazon Prime Video. Além disso, participei das gravações de uma série chamada Wander, que envolve lobisomens e vampiros, com cenas de sangue e explorando o mundo sobrenatural. Foi uma experiência incrível atuar nesse universo, envolvendo demônios e situações bastante intensas.

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