10 de setembro é conhecido como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio e, durante todo o mês, a campanha Setembro Amarelo incentiva que a gente fale sobre a importância de cuidar da saúde mental. Pensando nisso, Jesy Nelson, do Little Mix, resolveu se abrir sobre seu passado e se prepara para lançar, em 12/9, o documentário Jesy Nelson: Odd One Out, um especial feito em parceria com a emissora britânica BBC 3 no qual ela fala sobre o cyberbullying que sofreu após entrar para o grupo, como ele afetou sua saúde mental e acabou até mesmo levando-a para depressão.
É nessa produção que Jesy afirma, pela primeira vez, que chegou a tentar se suicidar em 2013, quando tinha apenas 22 anos. Por sorte, o namorado da cantora estava na casa com ela no momento e, ao perceber que algo estava errado, insistiu para que ela se abrisse com ele. Depois que ela contou o que tinha feito, ele chamou uma ambulância, que a levou para o hospital a tempo de salvar sua vida.
A cantora do Little Mix contou também que apesar do episódio ter acontecido quando o grupo já lançava seu segundo álbum, Salute, ela enfrentava depressão desde que entrou para a banda, em 2011, depois que elas venceram o The X Factor. Os comentários maldosos das pessoas em suas redes sociais foram um dos principais motivos que a fizeram mal.
“O mundo inteiro tinha uma opinião sobre mim, e não eram coisas boas. Eu não era conhecida como uma das cantoras do Little Mix. Eu era conhecida como a gorda e feia. Meu cérebro começou a acreditar em tudo o que as pessoas estavam dizendo sobre mim”, disse ela. As comparações com as colegas também não ajudaram. “Eu estava ao lado de outras três garotas e era comparada a elas o tempo todo”, disse ao The Guardian, apesar de se declarar muito amiga de Jade, Perrie e Leigh-Anne e deixar claro que elas a ajudaram em seus momentos difíceis.
Depois que Jesy revelou às colegas e aos empresários que sofria com depressão e que tinha tentado se matar, eles ofereceram uma pausa no grupo para que ela se recuperasse, mas ela não aceitou a proposta por medo do que as pessoas iriam dizer.
O momento serviu, pelo menos, para ela perceber que precisava buscar ajuda. Foi após ir atrás de tratamento que ela teve a ideia de fazer o documentário, não só para poder ajudar outras pessoas que passavam pelo mesmo, mas também para finalmente tirar das costas o peso desse segredo. “O que eu não percebia era que não falar sobre isso me fazia pior (…) Tive uma jornada e tanto desde que as gravações começaram e conheci algumas das pessoas mais inspiradoras. Eu mal posso esperar para finalmente dividir isso com o mundo e espero que ajude outras pessoas que podem estar passando pelo que eu passei”, explicou.
Que bom que Jesy percebeu que precisava de ajuda e melhorou, né? Se você precisa de apoio emocional ou conhece alguém que passa por isso, entre em contato com o serviço gratuito de prevenção do suicídio CVV, o Centro de Valorização da Vida, através do telefone 188 ou do site www.cvv.org.br. Não hesite em buscar ajuda.