K-dramas se tornaram fenômeno no Brasil e fomos investigar o porquê
Histórias produzidas na Coreia do Sul invadiram de vez a TV (e o coração) dos brasileiros.
oi em 2016 que a criadora de conteúdo Carol Pardini assistiu Dramaworld, uma série que acompanha uma jovem fã de k-dramas transportada para um mundo mágico onde pode alterar o roteiro do seu programa favorito.
Assim como a protagonista, ela se apaixonou à primeira vista pelos dramas produzidos na Coreia do Sul, começou a pesquisar sobre o assunto e nunca mais parou de consumi-los.
Cansada de não encontrar muita informação disponível em português, ela decidiu criar, em 2019, um perfil no Instagram chamado Na Coreia Tem, que posteriormente ganhou um canal no YouTube, onde reúne novidades, curiosidades e serve como ponto de encontro para outras pessoas.
Já faz alguns anos que os programas vindos de lá furaram a bolha e estão atraindo legiões de fãs, principalmente após o sucesso de Round 6, a série mais assistida da história da Netflix, e Parasita, filme vencedor do Oscar.
Parte da chamada Hallyu, ou Onda Coreana – um projeto orquestrado pelo próprio país para se reerguer e atrair investimentos através da sua cultura popular – os k-dramas (não confundir com doramas, termo que se refere apenas às produções feitas no Japão) invadiram de vez a televisão dos brasileiros graças aos serviços de streaming, que facilitaram o acesso a essas obras que vão da comédia ao terror, mas ficaram famosas por suas tramas de romance.
“As comédias românticas, em particular, são leves e servem como válvula de escape, oferecendo um respiro da nossa realidade, no nosso dia a dia tão corrido e muitas vezes difícil”, destaca Pardini. “Outro fator importante é o apelo emocional e cultural. Os k-dramas costumam abordar temas universais como amor, família, amizade e superação. Apesar de serem produzidos do outro lado do mundo, conseguimos nos enxergar em muitas das histórias.”
Outro fator importante é o apelo emocional e cultural. Os k-dramas costumam abordar temas universais como amor, família, amizade e superação. Apesar de serem produzidos do outro lado do mundo, conseguimos nos enxergar em muitas das histórias
Carol Pardini, do 'Na Coreia Tem'
Com quase 90 milhões de usuários em mais de 250 países, o Rakuten Viki se tornou uma das maiores plataformas de conteúdo asiático do mundo.
“Globalmente, as pessoas estão descobrindo e consumindo mais conteúdo asiático porque as histórias são originais e, ao mesmo tempo, muito relevantes para os públicos locais. Estamos felizes em ser o lugar aonde elas vão quando procuram esse tipo de conteúdo”, explicou Jaehee Hong, vice-presidente sênior de conteúdo da rede.
Só no Brasil, já são quase 11 milhões de assinantes, com um crescimento anual de 45%, com cerca de 1.500 atrações disponíveis. “Viki tem entregue conteúdo asiático no Brasil desde que lançamos a plataforma, em 2010.
Os fãs brasileiros sempre demonstraram interesse no entretenimento asiático e, nos últimos anos, esse apetite cresceu exponencialmente, tornando o país uma prioridade fundamental para a empresa. Planejamos levar cada vez mais conteúdo ao público latino-americano, contribuindo para tornar a cultura e o entretenimento asiático mais populares e acessíveis.”