As polêmicas de 2018 só acabam quando terminam, minha gente! Nesta semana, o Twitter foi tomado por uma discussão entre os youtubers Kéfera e Luba.
Tudo começou por causa da presença da interprete de Mariane, da novela Espelho da Vida, no Encontro com Fátima Bernardes na semana passada. Durante o programa, um dos homens que estava na plateia entrou no debate sobre feminismo e deu a entender que, na prática, o movimento não funciona muito bem.
“Na teoria, elas falam: ‘nossa, temos que respeitar, tem que ser isso, tem que ser aquilo’, mas na prática começam as agressões”, disse ele. “Isso, por exemplo, foi numa rede social: um cara falou assim: ‘Sou trabalhador, carrego um monte de cimento, sou muito mais forte que as mulheres’, opinião dele, e ele ainda acrescentou: ‘Elas deveriam me valorizar’. Nossa, parecia que ele tinha mexido com uma colmeia”, completou o convidado.
Kéfera então rebateu o comentário. “O que você está fazendo é mansplaining, que é o homem explicar o feminismo para a mulher. Não é necessário, a gente sabe muito bem o que é feminismo, e a gente entende o seu ponto de vista, só que é desnecessário”, argumentou ela.
Quando o homem tentou se justificar interrompendo a fala dela, Kéfera continuou: “agora você está manterrupting, que é quando você tenta interromper uma mulher explicando feminismo pra vocês. Wallace, entenda. Não é o seu lugar de fala. Você pode ouvir, complementar e nos respeitar, mas você não tem que ensinar para a gente”.
A discussão gerou um debate ainda maior nas redes sociais e agora Luba decidiu entrar na onda e dar sua opinião sobre o assunto. Em um vídeo postado em seu canal neste fim de semana, o youtuber quis argumentar sobre lugar de fala e liberdade de expressão.
Após assistir e comentar o vídeo do Encontro, ele falou: “Dizer ‘você é um homem, logo você não pode falar sobre isso comigo’ é um argumento falso, é uma falácia chamada argumentum ad hominem, que é quando você tenta atacar a pessoa que está argumentando em vez de atacar o argumento que ela está usando. Se você precisa atacar uma pessoa e não consegue debater contra o argumento dela, talvez você mesmo não endente (sic) do que está falando ou o que está tentando defender”.
Luba continuou: “Outro problema que eu tenho com esse tipo de falácia é que, por mais que você não goste da pessoa, por mais que acredite estar certo e acredite que tal pessoa não tem qualificação suficiente para falar sobre o que ela está falando, ela pode, sim, falar sobre o que ela quiser. (…) É lugar de fala dessa pessoa se expressar, sim. Porque todos nós estamos sob a mesma Constituição, que protege o direito de liberdade de expressão”.
Kéfera, claro, não ficou quieta e voltou a defender seus argumentos no Twitter. Ela respostou um link que falava sobre o novo vídeo de Luba e escreveu: “só consigo pensar numa coisa, será que vocês adivinham? Manspl____ (vocês completam o restante). Um homossexual branco que não acredita em lugar de fala definitivamente está fazendo um desserviço a todos, uma pena. Mas acredito na evolução de todos. Boa sorte, Luba”.
Ela ainda respondeu vários comentários da galera sobre a briga. “Homossexuais brancos: se vocês tiram a visibilidade de causas importantes baseados na ‘tudologia’ que vocês estudam taaaanto, dica: repense. (sic) É desserviço. O que acharia de um hétero te representando no movimento LGBT? Então…”, argumentou Kéfera.
Ela explicou ainda que acredita que todos podem, sim, conversar sobre feminismo, mas que um homem não deve assumir o protagonismo em uma discussão sobre o assunto. “Podemos ouvir e conversar COM. Não no lugar da pessoa. Entender lugar de fala é isso. Até onde você não vai invisibilizar a pessoa e sua vivência para argumentar algo que você não vive”, explicou.
O que você achou disso tudo?