Os filmes de terror costumam nos levar para cenários de muito mistério e suspense. Ficamos atentos esperando o próximo susto ou reviravolta aterrorizante que o enredo promete trazer e é exatamente esse sentimento que Melissa Barrera considera importante no gênero. A atriz, que já estrelou dois longas da franquia Pânico, faz parte do elenco de Abigail, produção que mistura elementos sobrenaturais com uma história sangrenta sobre vampiros.
“Eu gosto da adrenalina que os filmes de terror causam, quando você fica na beira do seu assento com o coração acelerando, esperando que algo aconteça. Eu amo esse sentimento, e muitas pessoas amam também, que é o motivo pelo qual eu acho que o gênero é tão bem-sucedido”, explicou Melissa em material exclusivo concedido à CAPRICHO.
Você pensa que está assistindo um filme e ele se transforma em algo completamente diferente e inesperado.
– Melissa Barrera sobre Abigail
A atriz ainda ressaltou que Abigail se destaca por estar rodeado por elementos surpresas que impressionam o público o tempo inteiro. “São tantas reviravoltas. Você pensa que está assistindo um filme e ele se transforma em algo completamente diferente e inesperado. Como público, eu gosto de filmes assim. Para ser honesta, mesmo depois de ler e saber sobre o que se tratava, ainda me surpreendeu.”
A produção acompanha Abigail (Alisha Weir), uma jovem bailarina de 12 anos que é sequestrada por um grupo que está em busca de uma recompensa milionária. A missão parecia simples, capturar a garota, levá-la para uma casa isolada e observá-la por uma noite. Mas tudo começa a dar errado quando, um por um, eles começam a desaparecer e percebem que algo sobrenatural está acontecendo.
Dirigido por Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett, que também assinaram Pânico 5 e 6, Abigail marca o retorno da parceria dos diretores e Barrera: “Eles são dois corpos e uma mente. É realmente incrível como eles estão sincronizados. Matt e Tyler são melhores amigos e você consegue sentir o amor entre eles e a empolgação pelo que eles estão fazendo”, comentou a atriz.
Inclusive, a participação da dupla no projeto foi um dos motivos para Melissa ter dito ‘sim’ ao papel: “Eu faria qualquer coisa com eles. Cresci obcecada com filmes de monstros e eu amo vampiros, então, ser parte disso é muito bom”, afirmou.
Confira a entrevista exclusiva com Melissa Barrera:
CH: Abigail é um filme de terror ousado e diferente de tudo que já vimos. O que você achou do roteiro quando leu pela primeira vez?
Melissa Barrera: Eu amei! E eu sabia que amaria porque Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett iriam dirigir e esse é o meu terceiro filme com eles. Eu faria qualquer coisa com eles. Cresci obcecada com filmes de monstros e eu amo vampiros, então, ser parte disso é muito bom.
É como se ele fosse uma nova perspectiva para a história do Drácula.
Sim! Abigail não é diretamente a história de Drácula, mas é um olhar moderno que não fica nada focado no Drácula. Eu amo filmes que te surpreendem e acredito que Abigail é o tipo de produção que é muito inesperada e vai levar o público em uma aventura. São tantas reviravoltas. Você pensa que está assistindo um filme e ele se transforma em algo completamente diferente e inesperado. Como público, eu gosto de filmes assim. Para ser honesta, mesmo depois de ler e saber sobre o que se tratava, ainda me surpreendeu. Algumas vezes, quando estávamos gravando, eu me pegava dizendo: ‘Ah, meu Deus! Estamos fazendo esse filme?” Espero que as pessoas gostem.
Ele começa com um sequestro feito por um grupo de criminosos que não sabem onde estão se metendo, certo?
Isso. Começa com esse grupo de desajustados que são contratados para um trabalho de 24 horas, eles são colocados juntos para sequestrar a filha de um homem rico. Eles receberam instruções para levá-la para essa casa abandonada e esperar, mas quando as coisas começam a acontecer, um deles é morto e então outro e eles começam a se perguntar: ‘O que está acontecendo nessa casa?’ É aí que o elemento sobrenatural entra e percebemos que não estamos lidando com uma garota de 12 anos mas com uma vampira de mil anos.
Alisha Weir interpretou essa aterrorizante bailarina de 12 anos chamada Abigail e foi impressionante na performance. Como foi trabalhar com ela?
Alisha é uma atriz muito talentosa. Eu acho que há algo mágico em trabalhar com atores mirins, já que eles não têm essa insegurança que muitos atores adultos têm ao julgarem a si mesmos. Ela estava literalmente interpretando um papel, seguindo em frente sempre e foi lindo poder atuar com ela e vê-la assumir esse papel com tanta coragem e ousadia, enquanto ainda se divertia. Ela é realmente assustadora…
Você pode nos contar mais sobre o grupo que você faz parte no filme?
Então, nós somos uma equipe de seis e existe uma pessoa que nos une, Lambert, que é interpretado pelo Giancarlo Esposito, que é incrível. E todos temos funções diferentes, como um time pequeno que faz tudo. Nós temos o Dean, que dirige o carro de fuga, que é interpretado pelo Angus Cloud, a Sammy, a hacker que é vivida pela Kathryn Newton. Kevin Durant é o Peter, que traz os músculos para o grupo mas que também é um gigante gentil, assim como ele na vida real. O cara das armas é o Rickles, interpretado pelo Will Catlett. Por fim, o Dan Stevens é o Frank, o líder do grupo.
E a sua personagem?
Eu interpreto a Joey, que é uma médica e aquela que administra a seringa com o tranquilizante para apagar a Abigail. E porque não queremos que ela morra, estou lá para garantir que a menina esteja viva, bem cuidada e segura, porque o que realmente queremos é o dinheiro. Joey também é o único membro do grupo que tem permissão para falar com ela, fazendo com que exista uma relação entre Abigail e minha personagem, já que as coisas ficam um pouco confusas porque ela tem um filho da mesma idade que Abigail. Então, Joey não pode deixar de cultivar algum tipo de sentimento maternal em relação a ela.
E como foi recriar essa dinâmica em grupo no set?
Cada dia com esse grupo incrível foi surpreendente, e sinto que isso é um grande elogio quando você está falando sobre outros atores. O roteiro era excelente, e todos os personagens tinham uma personalidade muito distinta nas páginas. Como Matt e Tyler sempre tiveram uma intuição incrível sobre escalar as pessoas certas para o elenco, todos esses atores estavam fazendo algo completamente inesperado com seus papéis. Ninguém estava interpretando clichês do que cada um dos personagens poderia ter sido. Então, foi incrível fazer parte de um grupo assim, nos divertimos fazendo cenas juntos, já que a dinâmica entre os personagens é muito engraçada. Foi uma filmagem muito boa.
Como foi o processo para entender melhor a sua personagem?
Eu não tinha ideia do que faria com a Joey até eu chegar no set. Então, eu fiz esse corte no cabelo, olhei no espelho e pensei: “Okay, essa não é mais a Melissa. Essa é a Joey.” Então, eu comecei com o cabelo, a maquiagem e aí as roupas porque isso me ajudou com a linguagem corporal. Obviamente, a Joey tem um passado complicado, ela tem um relacionamento complicado com o filho e com as drogas. Eu sabia que ela carregava muito peso e culpa, e que ela estava tentando se tornar uma pessoa melhor para que ela se sentisse digna de se chamar como mãe do filho dela, algo que ela nunca sentiu.
Você acredita que o público vai torcer por ela?
Espero que sim! A Joey é a menos pior entre eles precisamente porque ela se sente mal por sequestrar uma garotinha. Os outros estão lá por diferentes motivos, mas ela é a que está em um turbilhão de emoções e que tem um pouco mais de empatia, construindo esse relacionamento com a Abigail. E ela é esperta e intuitiva também. Joey é uma pessoa que capta as coisas que estão acontecendo e tenta avisar as pessoas sobre elas.
Eu gosto da adrenalina que os filmes de terror causam, quando você fica na beira do seu assento com o coração acelerando, esperando que algo aconteça.
Melissa Barrera sobre filmes de terror
O que você mais gosta nos filmes de terror?
Eu gosto da adrenalina que os filmes de terror causam, quando você fica na beira do seu assento com o coração acelerando, esperando que algo aconteça. Eu amo esse sentimento, e muitas pessoas amam também, que é o motivo pelo qual eu acho que o gênero é tão bem-sucedido. E é ainda melhor quando você assiste o filme em uma sala de cinema com outras pessoas. Tem algo quase religioso em ter essa experiência com outras pessoas como uma comunidade.
Como foi trabalhar mais uma vez com os diretores Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett? Como era a dinâmica com eles no set?
Eles são dois corpos e uma mente. É realmente incrível como eles estão sincronizados. Matt e Tyler são melhores amigos e você consegue sentir o amor entre eles e a empolgação pelo que eles estão fazendo. Eles dividem e reinam levando em conta que Matt dá notas de atuação e o Tyler as anotações de câmera. Além disso, eles são muito bem preparados e tem tudo planejado, e você nunca os vê estressados ou se esforçando para entender algo. Então, a forma como eles trabalham é linda, criativa e colaborativa também, sempre querendo ver o que você pode inventar, o que eu acho que é uma maneira incrível de se trabalhar.
Abigail está em cartaz nos cinemas.