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Meninas Malvadas se destaca por cenas musicais e talento de Reneé Rapp

A CH já conferiu a nova versão do clássico dos anos 2000 - que conta com mais complexidade para os personagens e novos momentos marcantes

Por Arthur Ferreira Atualizado em 10 jan 2024, 18h50 - Publicado em 10 jan 2024, 18h47

Nos últimos anos, nós nos deparamos com uma nova fórmula do cinema: os live-actions de animações, novas sequências de clássicos da cultura pop e muitos remakes que buscavam trazer à tona aquela sensação de nostalgia. Alguns deram certo mas muitos nos deixaram apenas questionando qual é o sentido de mexer naquilo que é atemporal. Felizmente, esse não é o caso do novo filme das Meninas Malvadas, que está prestes a estrear nos cinemas brasileiros no dia 11 de janeiro. A CAPRICHO já assistiu ao longa em uma exibição exclusiva para imprensa e podemos garantir: o hype vale a pena.

O anúncio da produção fez com que muitos fãs da clássica comédia de 2004 ficassem receosos justamente por se tratar de um enredo que está marcado no imaginário de diferentes gerações através de seus bordões, memes e momentos icônicos que são reproduzidos até hoje. Então, o que poderia ser adicionado na nova versão deste verdadeiro marco cultural?

Mudar a história completamente não faria sentido – já vimos o fracasso que foi a tentativa de uma sequência em 2011 – mas repetir a mesma narrativa mais uma vez, idêntica ao original, também não agradaria. O gancho e o ponto chave, na verdade, foi adaptar a versão musical da Broadway, que funcionou muito bem nos palcos mas não recebeu o mesmo destaque do longa.

Ainda se apoiando no famoso enredo repleto de falas que tornaram o primeiro filme tão icônico, o novo Meninas Malvadas dá ainda mais complexidade aos personagens através dos números musicais. Cada papel recebeu pelo menos um solo ao longo da narrativa e nos deu a oportunidade de perceber outras nuances de Gretchen (Bebe Wood), Damian (Jaquel Spivey) e Janis (Auli’i Cravalho) – que não tinham a mesma profundidade de Regina e Cady, apesar de servirem bons momentos na versão original. Vale destacar aqui os vocais do elenco, principalmente os de Renée Rapp e Auli’i Cravalho, que ditaram o tom dos momentos musicais com muito talento.

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Aliás, Renée Rapp parece ter nascido para ser Regina George. Após interpretar o papel da líder das “plásticas” no musical da Broadway, a atriz assumiu a responsabilidade de levá-la também para o filme, entregando o mesmo ar de abelha rainha intimidadora que Rachel McAdams exalava, principalmente em sua dinâmica com Cady (vivida originalmente por Lindsay Lohan). Repetir um papel tão marcante e reverenciado é um enorme desafio, mas a a estrela tirou de letra com uma performance magnética e sexy.

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Outro grande destaque do filme é o carismático ator Jaquel Spivey, que faz sua estreia nos cinemas como Damian, melhor amigo de Janis e Cady que originalmente foi vivido por Daniel Franzese. Apesar dos momentos e falas icônicas (“Ela nem estuda aqui!“), a primeira versão do personagem deixou os fãs com um gostinho de “quero mais” e foi exatamente isso que o público recebeu. Damian se tornou, sem dúvidas, um dos melhores personagens e arranca gargalhadas em diversos momentos, sempre com muita facilidade.

Bebe Wood brilhou como Gretchen. Conhecida por seu papel em Love, Victor, a personagem caiu como uma luva para a atriz, que soube entregar todos os nuances que a rainha do barro precisava. Avantika Vandanapu traz uma nova Karen, talvez não tão marcante como a de Amanda Seyfried, mas com ótimos momentos e ainda mais camadas. Talvez um dos elos mais fracos fique por conta de Christopher Briney, que interpreta Aaron Samuels, e da própria Angourie Rice no papel de Cady. Rice é ótima e entrega o suficiente para fazer a protagonista funcionar com os outros personagens, mas, talvez pela inevitável comparação ao trabalho de Lindsay Lohan, não se destaca tanto pelo carisma.

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O novo Meninas Malvadas é perfeito para quem é nostálgico e ama o universo criado por Tina Fey, que não só reprisou o seu papel como também assinou o roteiro do filme. A comediante também escreveu a versão de 2004 e a montagem musical para a Broadway. Não tinha como dar errado, né? Desta vez, o longa conta com a direção de Samantha Jayne e Arturo Perez Jr.

Inclusive, a direção da dupla faz parte de uma das motivações por trás do lançamento do filme: reapresentar as personagens para uma nova geração. Ok, todo mundo conhece as Meninas Malvadas pelas frases e bordões, mas a ideia aqui é criar uma conexão entre um novo público e um dos maiores produtos da cultura pop. E funciona. A nova versão traz elementos e referências que todo Gen Z vai reconhecer. Desde a cultura do cancelamento até as dancinhas e trends do TikTok: o filme consegue entregar o enredo de forma natural e sem perder a essência da história original.

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Meninas Malvadas chega aos cinemas nacionais no dia 11 de janeiro.

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