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Demi Lovato nunca escondeu sua luta contra distúrbios alimentares e problemas com drogas e álcool. Em entrevista à revista American Way, a cantora abriu o coração e falou sobre os efeitos colaterais da fama na sua saúde física e mental. “Eu vivi muita coisa em pouco tempo e ia morrer jovem. Não achei que eu chegaria aos 21 anos”, disse ela.

Demi comentou sobre as dificuldades que teve com sua imagem corporal desde que era uma criança, e como até mesmo hoje, aos 23 anos e no auge de sua carreira, ela ainda luta contra “depressão, pensamentos suicidas e impulsos de autodestruição”.

Aos 12 anos, Demi feria a si mesma com cortes, na tentativa de obter o corpo magro que achava que deveria ter. Quando conseguiu seu papel de estreia no Disney Camp Rock, as coisas pioraram e ela se tornou dependente de álcool e drogas. Foi então que ela precisou ser internada em um centro de reabilitação pela primeira vez, onde foi dignosticada com bulimia e transtorno bipolar.

“Quando estava na reabilitação, pensei: ‘Ah, que bom, agora todo mundo vai pensar que eu sou apenas mais um estereótipo’. Mas quando eu comecei a comer de novo, as outras questões pioraram”, lembra.

Depois de um ano internada, Demi conseguiu encarar seus problemas de frente e declarou guerra contra o vício. “Eu não fui para a rehab pensando que iria me tornar uma inspiração. Às vezes, eu ficava chateada por ter esse tipo de responsabilidade, mas agora é algo que realmente se tornou parte da minha vida. Isso me mantém responsável”, disse.

“Quando eu tenho meet & greets, sempre conheço meninas que me mostram seus braços cobertos de cicatrizes ou cortes”, continuou ela. “Elas me dizem: ‘Você me ajudou a passar por isso. Por causa de você, eu parei de me autoflagelar’ ou ‘Fiquei sóbria’. Ouvir essas coisas deu um novo significado para minha vida“, finalizou.