O #girlpower comandou o Coachella 2018
Segundo e último fim de semana do festival deixou sensação geral de empoderamento feminino
As minas comandaram a edição de 2018 do Coachella. E não foi só porque a Queen B era headliner. Nos shows ou circulando pelo espaço do Polo Club de Indio, no deserto californiano, as mulheres nunca pareceram tão à vontade.
Lingerie à mostra, muito brilho (em vestidos, maquiagens e acessórios) e abuso de cores ajudaram a dar uma sensação geral de empoderamento feminino. O consenso parecia que quem domina o mundo, realmente, são as meninas… Queen B profetizou.
Começou com St. Vincent na sexta-feira, primeiro dia do segundo fim de semana de Coachella. A americana com um ar de roqueira conquistou o público com suas (anti) rimas improvisadas. “Coachella, Coachella, você é o único no deserto que pode me aguentar”, cantou no ritmo de um de seus hits, New York. A cantora também é abertamente gay e já namorou a modelo Cara Delevingne.
Mas foi no sábado que o girl power se consagrou. Sigrid, uma promessa norueguesa de 21 anos (tipo uma versão europeia de Alessia Cara) gritou aos quatro cantos Don’t kill my vibe (“não estrague a minha energia”).
Foi como um grito de ordem: todo mundo obedeceu. Na sequência, o americano do Børns levou ao palco uma banda toda feminina. Lindas, fortes e talentosas, elas deram o apoio para o cantor eletrizar o público com suas músicas românticas psicodélicas.
E aí veio MØ, ou “mozão”, como gostam de chamar os fãs brasileiros da dinamarquesa. Conhecida pelos hits Lean On, que foi música tema do Coachella de 2016, Cold Water (feat. Justin Bieber) e Final Song, ela consegue controlar a plateia só no gogó.
Quer mais poder que isso? Sim! As irmãs HAIM, mostrando que sororidade é real oficial. As três meninas de San Fernando Valley, região de Los Angeles conhecida por suas patricinhas na década de 1990, misturam pop com rock como ninguém. “Vocês também estão sentindo o poder das meninas hoje?”, perguntou uma delas visivelmente empolgada por dividir o mesmo palco com Beyoncé.
A rainha do pop contemporâneo entrou como uma rainha feminista. E seguiu com mensagem pós mensagem para deixar todas as menina orgulhosas. Comecemos pelo look inicial, de Nefertiti, a rainha egípcia idolatrada por sua sensualidade. Ao fundo, uma banda toda composta por mulheres negras vestidas de rosa. A temática do show era um baile de formatura de ensino médio. Alguma dúvida de quem era a “prom queen”?
Na estampa dos moletons, as letras BAK. Não faltaram teorias do que significavam. “O que é BAK e quanto vai custar?”, perguntavam no Instagram. A teoria mais lógica é de que seriam letras gregas para B (de Beyoncé) A (Delta, que corresponde ao número 4, o favorito da Bey) e K (de Knowless), o alfabeto usado nas sororidades das faculdades americanas.
O show continuou com outros hinos da linha de feminismo cujo Beyoncé é ídolo, o do empoderamento feminino, para não deixar dúvidas que o futuro é, sim, das mulheres.