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Os fãs são o ‘combustível’ para que a Lagum exista

Em entrevista à CAPRICHO, a banda comemora dez anos de estrada, responde à teoria dos fãs e ainda revela processo intimista de novo álbum.

Por Duda Cardim Atualizado em 17 jun 2024, 20h17 - Publicado em 17 jun 2024, 20h13
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agum lançou Depois do Fim (Deluxe), projeto que teve início em 2023, no dia 3 de junho deste ano. Com os áudios originais das gravações e duas músicas inéditas, a banda aproveitou para comemorar também a parceria que completou dez anos no dia 6 do mesmo mês. Olha Bela e Mantra do Bom Término, duas queridinhas dos fãs, foram apresentadas de uma nova maneira.

“É como se você recebesse uma visita na sua casa e falasse ‘fica à vontade, só não repara a bagunça’, sabe? E é meio que isso a gente apresentou a casa, no caso, o álbum lindo, impecável. E aí chega o momento da gente mostrar ele de uma maneira mais íntima e despojada mesmo, mostrando os nossos processos dos nossos testes e as experimentações”, revela o vocalista Pedro Calais, em entrevista exclusiva à CAPRICHO.

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Além das catorze músicas originais de 2023, Depois do Fim (Deluxe) conta com onze novas faixas, sendo duas músicas inéditas e nove que são, na verdade, outras versões das canções da primeira parte, mas de uma forma diferente. À capela, instrumental, no piano e até as primeiras gravações direto do whatsapp.

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A ideia de criar um deluxe veio do Zani, guitarrista da Lagum, que se inspirou em produções do exterior para compartilhar com os fãs a intimidade do processo por trás do álbum. Para a banda, esse lançamento marca o encerramento dessa era, “funciona muito como aquele pós-crédito ali do filme acabou o filme começa a subir os créditos, e aí você vê os atores rindo na gravação”, brincou Pedro.

Junto veio uma nova capa que gerou várias teorias entre os fãs. Na primeira versão, a banda estava na frente de uma casa em chamas, agora, temos uma foto analógica deles no mesmo lugar, mas sem o fogo. O vocalista revelou ter visto os comentários no Twitter e disse ter adorado as narrativas, mas foi tudo mais simples. A escolha pela foto analógica foi pela sensação dela ser mais crua e representar a musicalidade que eles trazem com as versões.

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Uma das músicas extras e inéditas foi Me Lembre (12/08/2016), assim como diz no título, foi feita no começo da banda, mas nunca lançada oficialmente. Quando questionado sobre o por quê de finalmente vir ao ar, Pedro contou que já tentaram regravar a música várias vezes, mas sempre preferiam a original, por ser mais visceral, verdadeira e crua. Como Depois do Fim marca o fim de fase da banda, eles não queriam deixá-la para trás.

“No momento que a gente tá indo para um novo formato como banda, né? Sem uma batera, após a perda do Tio, e várias outras coisas que vem acontecendo na nossa carreira. A galera fala quando você morre, passa na sua vida diante dos seus olhos, e eu tenho essa essa sensação com Me Lembre. É um resgate de como eram os primórdios, de como a gente se comportava lá no início e a lembrança de quais eram os nossos sonhos, como o próprio nome da música diz”, contou Pedro Calais.

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Antes de falar sobre os dez anos da Lagum, completados no dia 6 de junho, Jorge Borges, o guitarrista revelou que já estão produzindo o próximo projeto, com um estúdio próprio e com músicas já gravadas. Estamos ansiosas!

Nesse aniversário de uma década completa da Lagum, Chico Jardim, o baixista da banda, decidiu exaltar a relação com os fãs. “É muito importante essa trajetória que a gente teve junto com os fãs. São o combustível da nossa energia, quando a gente vai para os lugares e vê uma galera ali que tá abraçando mesmo, já passamos por várias cidades pela primeira vez e lugares pequenos que a logística não é muito fácil e a galera ali fervorosa.”

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Os integrantes ainda revelaram suas músicas favoritas. Para Pedro, Olha, do primeiro álbum, ainda é uma de suas queridinhas. Já Jorge revelou que gostaria que Fale Mais, do Coisas de Geração, tivesse um alcance maior. Por fim, Chico disse que Universo de Coisas Que Eu Desconheço, parceria com Anavitória, tem uma energia muito boa nos shows por conta do fãs.

“O que eu acho que mudou com bastante força, foi nossa responsabilidade e nosso alcance, né? A gente vive uma vida em que a vida pessoal é muito emaranhada na profissional e, ao mesmo tempo, as decisões impactam tudo. Eu acho que isso aumentou e evoluiu. Mas, uma coisa que não mudou, com certeza, é a amizade e o nível de zueira também. Isso é o que mantém o equilíbrio. Mesmo com as dificuldades que a gente tem, a gente consegue levar de forma leve e levar a convivência, que é muito intensa e muito constante, por causa de viagem de trabalho, numa boa”, refletiu Jorge sobre os dez anos juntos.

Esperamos mais décadas de Lagum e estamos ansiosas para o próximo álbum! <3

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