“Quero me libertar dos mocinhos da TV”, confessa Cauã Reymond, o Juliano de A Regra do Jogo
Nova novela das 9h estreia hoje e promete repetir o sucesso de Avenida Brasil, dos mesmo autores
Depois de fazer a gente se apaixonar pelo Jorginho em Avenida Brasil e tirar o nosso fôlego (em todos os sentidos) com o Leandro de Amores Roubados, Cauã Reymond estreia hoje como Juliano, um cara que passou quatro anos preso por um crime que não cometeu e agora que saiu da cadeia, reencontra sua noiva e um desejo forte de vingar quem prendeu ele e o seu pai.
Apesar de interpretar (de novo) um mocinho, Cauã quer diz que gostaria de ter outros papeis na TV: “Fora das novelas, eu já consegui! Mas aqui nos folhetins ainda falta me libertar”, explicou ele em entrevista à CAPRICHO. O ator ainda adiantou alguns detalhes sobre o seu personagem, comentou as comparações com Avenida Brasil e falou sobre sua vida amorosa. A entrevista é de Márcio Gomes.
Juliano é um homem forte, cabeça dura e depois de sair da prisão quer correr atrás para provar a sua inocência e de seu pai Zé Maria…
Essa batalha vai ser dura até o final porque o Juliano vai fazer de tudo para provar a sua inocência, principalmente após cumprir esses quatro anos de pena. Ele vai passar por poucas e boas e não posso entregar tudo agora. Mas terão muitas coisas que vão acontecer e que vai modificar a forma como ele começa a novela.
Pelo visto o lutador de MMA Juliano é um homem do bem e que quer corrigir um erro do passado. É isso?
Com certeza! Ele tem bom caráter, é honrado, tem hombridade, e quer, a qualquer custo, provar a sua inocência e a do seu pai Zé Maria (Tony Ramos), que é perseguido pela polícia. Após esses quatro anos de prisão, Juliano sai do presídio e vê que seu trabalho comunitário no Morro da Macaca, que sempre tirou garotos do mundo do tráfico de drogas, está fechado. Ele fica arrasado e nesse momento recomeça a vida enfrentando todas as dificuldades por ser um ex-presidiário, algo bem comum no Brasil.
?A Regra do Jogo? é escrita pelos mesmos autores de ?Avenida Brasil?. Você já sente uma cobrança fora do set para que o sucesso se repita ?
É muito cruel criar uma expectativa de sucesso para uma segunda ?Avenida Brasil?. Na verdade, não existe uma matemática para você fazer as contas e tudo dar certo. Claro que entre nós existe uma expectativa, uma torcida grande, para que tudo dê certo. E o que eu torço é para conseguir entreter os telespectadores, os que irão nos assistir todos os dias em casa.
Você é um ator jovem, mas com 13 anos de carreira e sucessos acumulados. É difícil direcionar a vaidade para o lugar certo?
Não! No meu caso, eu direciono para o meu trabalho e a minha saúde. Isso eu acho legal… Eu, realmente, me cuido. Tanto que é raro eu ter dor de cabeça. Acho que meu corpo é bem bacana comigo (risos), apesar de estar com 35 anos. Estou ficando velhinho…
O que você gostaria muito fazer na TV no futuro?
Tantas coisas… Mas eu tenho é que me libertar dos mocinhos da TV. Fora das novelas, eu já consegui! Mas aqui nos folhetins ainda falta me libertar. Se bem que o João (Emanuel Carneiro) cria os personagens sempre com ambigüidade, ele dá liberdade para o ator se movimentar. E aqui nós temos um timão.
Juliano vai ser um cara que vai pegar geral na novela?
Não! Isso não aconteceu antes, em ?Avenida Brasil?, não vai ser agora que irá acontecer (risos).
E fora da TV, Cauã tem ou não fama de pegador?
Não! As pessoas que inventam coisas sem fundamento. Cadê a foto? Cadê a prova? Até aí é só um comentário de quem falou. Há muito tempo não arrumam mais namorada para mim. Nem me lembro… Aliás, a última foi uma colega de trabalho [Bárbara Evans, com que contracenou na série ?Dois Irmãos, que ainda vai ao ar] que foi bem escalada pelo diretor Luiz Fernando Carvalho. Falaram muito, mas ninguém teve a foto de nós dois juntos. Por isso, eu não fiquei chateado. E já vou avisando: estou solteiro.
O assédio dentro e fora da TV incomoda?
Não! Faz parte e não tem o que fazer. Eu me sinto observado sempre e não sinto tanto diferença quando estou ou não no ar com uma novela. É algo que já faz parte da minha vida e aprendi a lidar com isso de forma normal.