Troye Sivan chegou meio tímido para seu show no primeiro dia de Lollapalooza Brasil, nesta sexta-feira (5). Vestindo camiseta transparente e calça preta, o cantor começou seu setlist com Seventeen e Bloom sem muito papo, mas já impressionando o público com os belos vocais e os olhos azuis hipnotizantes.
Por sorte, a timidez foi ficando de lado e em Plum tanto ele quanto os fãs já pulavam mais animados. Foi então que ele disse “obrigado” em português e se declarou pela primeira vez ao Brasil, acabando de vez com os ~joguinhos~ e partindo pra conquista! Depois do começo mais na dele, o sul-africano naturalizado australiano se soltou, transformou o palco em uma espécie de desfile, fez a galera chorar e dançar ao mesmo tempo e militou pelas causas LGBTQ+, espalhando apenas amor nessa primeira tarde do festival.
Antes de cantar Heaven, Troye emocionou geral com um discurso lindo. “Escrevi essa música sobre ser homossexual. Não é algo fácil, porque o mundo muito é doido e a gente sofre bastante. Mas quando vejo esse mar de bandeiras LGBT, sinto que tudo vai dar certo porque temos uns aos outros, e somos fortes e orgulhosos de quem somos”, disse. Precisa dizer que a salva de palmas foi grande?
A setlist foi recheada de sucessos. Seu último disco, Bloom, lançado no ano passado, foi apresentado quase que completo, mas é claro que queridinhas de Blue Neighbourhood, seu primeiro álbum, como FOOLS e WILD não ficaram de fora – a última, aliás, ganhou uma espécie de mashup com i’m so tired…, parceria de cantor com o Lauv.
E por falar em parcerias, um dos momentos mais agitados da apresentação foi quando ele Troye fez todo mundo pular muito e voltar no tempo com The 1999, música lançada com Charlie XCX.
Entre cada música, o cantor dava um jeito de elogiar a plateia e o Brasil. “Isso aqui é algo normal pra vocês?”, questionou ao ver que o público se espalhava por todo o “morrinho” do Autódromo de Interlagos. “Porque para mim é surreal. Essa foi uma das melhores semanas da minha vida. Finalmente vim para o Brasil! Não sei porque demorou tanto”, disse ainda no começo. O tempo todo ele tentou entender o que o pessoal gritava em português – ia de “Troye, eu te amo” a “lindo, tesão, bonito e gostosão”. Rs. Nessa parte, aliás, ele ficou vermelho e ainda mandou um recadinho para o amigo Matty Healy, do The 1975, que se apresentaria logo depois no palco ao lado. “Se vocês dizem isso de mim, o que vão gritar pra ele, hein?”, provocou.
O show acabou com o trio de hits Animal, Youth e My My My!, fazendo o pessoal pular muito e cantar em coro. “Nunca vou me esquecer deste dia. Me sinto na cena final de Bohemian Rhapsody“, brincou ele antes de deixar o palco cheio de sorrisos. A gente promete lembrar pra sempre também, Troye!