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Como serão as semanas de moda desta temporada durante a pandemia?

Setembro é um dos meses mais importantes para a indústria, pois é quando ocorrem as apresentações das coleções de primavera/verão nas principais capitais

Por Thais Varela Atualizado em 14 set 2020, 14h42 - Publicado em 14 set 2020, 12h58

coronavírus marcou uma mudança em todos os setores da sociedade, e o mercado de moda não ficou de fora e também precisou pensar em formas de se reinventar. Em junho e julho, quando ainda estávamos começando a entender a dimensão da pandemia e como lidar com essa nova doença que havia aparecido, os desfiles de moda de alta-costura e resort foram cancelados e as marcas exploraram diferentes maneiras de apresentar suas coleções. Houve também quem dispensasse qualquer tipo de apresentação e até pausasse o lançamento de novos produtos.

Com a chegada de setembro, o mês que marca o início das semanas de moda da temporada de primavera/verão, a indústria fashion precisou novamente repensar o seu formato e como faria os desfiles. Tradicionalmente, Nova York, nos Estados Unidos, é a capital que abre o fashion month. Iniciado neste domingo (13/09) com a apresentação presencial do estilista Jason Wu em um rooftop, o evento ocorrerá em menos dias e de maneira híbrida, com as marcas podendo escolher entre pequenos shows com público de até 50 pessoas e seguindo um rígido protocolo de higienização ou ativações digitais. Além das mudanças, muitos estilistas que sempre desfilaram no evento acabaram cancelando suas participações, como Michael Kors e Marc Jacobs.

Do dia 17 ao dia 22, começa a Semana de Moda de Londres, que também seguirá um esquema híbrido. Segundo o British Fashion Council, o line-up contará com 50 ativações digitais, 21 apresentações que misturarão o físico e digital e 10 shows ou eventos presenciais. Burberry, uma das marcas mais icônicas que mostra sua coleção no evento, dará início com uma apresentação 100% digital. 

Após Londres, é a vez da Semana de Moda de Milão, no dia 23. Apesar de ser uma das cidades mais atingidas pela pandemia do coronavírus, a capital está comprometida a ter a maioria dos seus eventos presenciais como forma de apoiar a indústria fashion, um dos pilares culturais e econômicos da Itália. Marcas como Dolce & Gabbana e Fendi mostrarão suas coleções em desfiles ao vivo. Gucci e Bottega Veneta, duas grifes tradicionais da semana de moda italiana, não participarão dessa temporada. Por outro lado, Valentino, que normalmente se apresenta em Paris, decidiu fazer parte da Milan Fashion Week por segurança, já que a maioria das suas produções são feitas na Itália, e também para amparar o país.

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Bella Hadid em desfile da Fendi, em 2019 Venturelli/WireImage/Getty Images

Paris seguirá Milão na estratégia de manter a maioria dos eventos presenciais. A partir do dia 29, as grifes francesas apresentarão suas coleções, em sua maioria, com desfiles abertos a um público reduzindo e seguindo rígidos protocolos de higiene. Dior iniciará a fashion week, seguida de grandes marcas como Balmain, Chanel e Louis Vuitton. Comme des Garçons, Off-White by Virgil Abloh e Saint Laurent, que são figurinhas carimbadas do evento, pularão a temporada e farão suas apresentações no seu próprio ritmo.

No Brasil

O São Paulo Fashion Week ocorrerá só entre 4 e 8 de novembro, mas já divulgou como será sua programação. Depois de anunciar que também seguiria uma linha de eventos físicos com restrições e ativações digitais, a semana de moda nacional mudou o formato após entender que ele não seria seguro para os profissionais e convidados. Agora, o SPFW será inteiramente digital e contará com conteúdos em comemoração aos 25 anos do evento. A grande festa que estava planejada para esse ano, será adiada até 2021.

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