roupa que possui aparência molhada não é uma invenção atual, muito pelo contrário, uma vez que já era usada nos séculos 18 e 19.
Acontece que o wet look se atualizou ao longo dos anos e foi explorado por diversos estilistas – como John Galliano nos anos 1980 e Alexander McQueen nos anos 1990. Nos últimos tempos, a tendência voltou para o cabelo com o tão falado wet hair e também apareceu no icônico traje Thierry Mugler escolhido por Kim Kardashian no MET Gala de 2019.
Mais recentemente, um dos nomes da moda que tem feito sucesso com seus vestidos de aspecto molhado (pois, na verdade, estão secos) é Dimitra Petsa. A designer grega aposta no efeito visual que, para ela, carrega um significado simbólico por trás – sua intenção é celebrar um assunto que ainda é considerado um tabu, os fluidos corporais.
“Este é o resultado de uma pesquisa longa para mim, porque eu sempre fui bastante interessada nos fluidos corporais, a ideia de umidade, e como na sociedade ocidental somos ensinados a esconder a nossa umidade. Se você chora em público, você tem que se esconder. Se você sua, precisa esconder. Se você amamenta em público – que até foi proibido em alguns lugares”, explicou Dimitra em entrevista à Vogue americana.
“Eu sentia uma pressão internalizada muito intensa em torno disso”, finalizou.
Os looks da estilista já foram usados por famosas como Gigi e Bella Hadid, Megan Fox, Chloe Bailey, e até Sasha Meneghel, em recente capa da revista Vogue noiva.
O objetivo de Dimitra também é possibilitar uma experiência sensorial e uma jornada de autoestima por meio de um tecido que valoriza vários corpos diferentes. “Eu sempre tento usar tecidos elásticos para permitir a sensação de que a roupa vai seguir o corpo, ao invés de o corpo ter que se adequar à roupa“, afirma.
Essa tendência do look molhado foi a escolha de Zendaya no último Festival Internacional de Cinema de Veneza. A atriz roubou a cena do tapete vermelho com um vestido Balmain feito sob medida.
E aí, o que você achou dessa moda diferentona? Usaria?