Chuva forte atinge 64 cidades no Maranhão e Lula sobrevoa áreas alagadas
Presidente Lula desembarcou na cidade de Bacabal, no Maranhão, neste domingo (9)
A chuva forte chegou à região Nordeste com mais força nos últimos dias. Assim, 64 cidades do Maranhão estão em situação de emergência e a cidade de Buriticupu decretou estado de calamidade pública. Após a notícia, o presidente Lula decidiu sobrevoar neste domingo (9) o local para checar as áreas que foram afetadas pelo temporal. Ele desembarcou na cidade de Bacabal, no Maranhão.
No Twitter, o presidente Lula divulgou um vídeo visitando as áreas atingidas pelas fortes chuvas. Ele também relatou que já viveu em ‘bairros que enchiam d’água’: ”Eu sei o que as pessoas afetadas pela enchente passam. Perdem geladeira, fogão, colchão. Temos que cuidar das pessoas atingidas. A união entre governo federal, estadual e municipal é obrigatória”, escreveu.
Segundo informações do G1, as chuvas que chegaram ao Maranhão afetaram cerca de 35 mil famílias e 7.757 famílias ficaram desabrigadas ou desalojadas.
Sobrevoando as áreas atingidas pelas fortes chuvas na região do Maranhão. Visitarei também a cidade de Bacabal e conversarei com prefeitos e autoridades locais para atuarmos contra essa crise.
🎥: @ricardostuckert pic.twitter.com/nXD666pksa
— Lula (@LulaOficial) April 9, 2023
Racismo ambiental
Como já te mostramos antes, a tendência é que o Brasil – e o mundo – enfrentem cada vez mais situações extremas relacionadas ao clima, que afetam, principalmente, pessoas pretas, não-brancas e pobres, que moram em regiões de risco ou de encostas de morro. Para especialistas que estudam o impacto das questões ambientais nas sociais, esse fenômeno é chamado de racismo ambiental.
“Eu sempre questiono, mas ‘quem é que pode gostar do barulho de chuva?‘ Temos uma população recorde de vulnerabilidade na rua, essas pessoas não têm acesso a água, não tem acesso ao banheiro e não consegue se higienizar”, disse Ana Sanches, especialista em desigualdades socioambientais do Instituto Pólis, à CAPRICHO. Para ela, é necessário que Muncípios e Estados e o Governo Federal trabalhem em conjunto para diminuir tais desigualdades.