Heloísa dos Santos Silva de apenas 3 anos morreu baleada durante uma ação da Polícia Rodoviária Federal neste sábado (16) na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Heloísa ficou internada durante 9 dias, mas teve uma parada cardiorrespiratória e morreu.
Segundo informações do g1, o Ministério Público Federal (MPF) já entrou com um pedido de prisão preventiva dos três policias responsáveis pela ação – eles estão afastados de seus cargos. O procurador Eduardo Benones também afirmou que as vítimas foram intimidadas por parte da corporação.
De acordo com informações da Folha de S. Paulo, um agente da PRF à paisana teria entrado no hospital onde Heloísa estava internada para conversar com o seu pai, Willian de Souza
“A presença de 28 inspetores no hospital, no dia do ocorrido, em contato visual e às vezes verbal, com as vítimas demonstra uso indevido da força corporativa”, escreveu o procurador Benones na justificativa do caso.
O policial Fabiano Menacho Ferreira reconheceu, no primeiro depoimento do caso, que deu tiros de fuzil que acertou Heloísa. A versão dos policiais informa que eles seguiram o carro em que Heloísa e sua família estavam por acreditarem que aquele se tratava de um veículo roubado. O pai de Heloísa informou que os agentes não chegaram a pedir para o carro parar e ‘já chegaram atirando’.
“Eu coloquei a mão para o alto, saiu todo mundo, só a minha menorzinha que ficou dentro do carro. Aí foi a hora que eu entrei em choque, em desespero”, disse o pai de Heloísa.
Até agora, 19 crianças e adolescentes morreram vítimas de arma de fogo em 2023, segundo informações do Instituto Fogo Cruzado compiladas pelo Nexo jornal.