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Tudo que você precisa saber para se proteger da dengue

Saiba mais sobre a vacina da dengue, quais são os sintomas e tratamento, além das formas de prevenção e os testes disponíveis

Por Juliana Morales 12 fev 2024, 10h00

Diversas regiões do país estão enfrentando uma explosão de casos de dengue. Pelo menos três Estados (Acre, Minas Gerais e Goiás) e o Distrito Federal já decretaram situação de emergência em saúde pública por conta da doença. Diante desse cenário, o Brasil se tornou o primeiro país do mundo a disponibilizar vacinas contra a dengue no sistema público de saúde.

A vacina Qdenga, do laboratório japonês Takeda, teve seu registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023 e começou a ser aplicada na última semana pelo SUS em alguns municípos. A prioridade para receber o imunizante é a nossa galera de 10 a 14 anos – essa faixa etária é que concentra maior número de hospitalizações por dengue, atrás apenas dos idosos, que ainda não foram liberados pela Anvisa para tomar essa vacina por enquanto. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre elas.

Como não há doses para atender todos as crianças e jovens dessa faixa etária, os primeiros lotes de vacinas serão destinados a regiões de saúde com municípios de grande porte com alta transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou maior a 100 mil habitantes, levando também em conta altas taxas nos últimos meses.

A previsão do Ministério da Saúde é que os 521 municípios, selecionados para realizar a imunização, recebam as doses para vacinar essa faixa etária até a primeira quinzena de março. Veja os municípios selecionados para a vacinação aqui.

Além da vacina, a informação é uma ferramenta crucial para essa batalha! Por isso, respondemos as questões necessárias para você se proteger contra o mosquito e a doença. Além de tomar todos os cuidados, é importante que você compartilhe e espalhe essa mensagem para toda a galera, combinado?

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O que é a dengue?

Dengue é uma doença transmitida pela picada de fêmeas de Aedes aegypti infectadas. Funciona assim: cerca de 10 dias após sugar alguém doente, o mosquito fêmea se torna infectiva, espalhando o vírus para mais pessoas. Não há transmissão pelo contato direto com um doente, viu?

Como evitar a dengue?

A melhor maneira de prevenir a dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando água armazenada que podem se tornar possíveis criadouros. Então, lembre-se sempre de esvaziar pneus velhos, vasos de plantas, garrafas, latões e qualquer objeto que acumule água parada. Atenção também com as piscinas sem uso e manutenção e as caixas d’água, ok?

Diante do surto de dengue que alguns lugares estão presenciando, você também pode evitar a exposição da sua pele contra picadas, utilizando roupas que cubram mais partes do seu corpo e, claro, com o uso de repelentes e inseticidas. Nesse último caso, vale ler as instruções do rótulo para ver se o produto é eficiente contra o mosquito da dengue.

Quais são os sintomas da dengue?

Como explica o Ministério da Saúde, normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta, de início abrupto, que geralmente dura de dois a sete dias. Ela pode ser acompanhada dos seguintes sintomas:

Outros sintomas, que são alarmantes, são: dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, sangramento de mucosa e irritabilidade.

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Como funciona o teste de dengue?

Temos no Brasil três tipos de exame disponíveis que detectam a dengue: antígeno NS1, sorologia e RT-PCR. Qual é o mais adequado? Bom, depende do sintomas e do momento da infecção. O teste de antígeno NS1 é indicado para os primeiros dias de sintomas, na fase mais aguda da doença, já o teste de sorologia deve ser feito após o 6º dia de sintomas. O RT-PCR consegue detectar o vírus em estágios iniciais da infecção, sendo aconselhado para ser feito nos primeiros dias, de cinco a sete dias da doença.

Como é o tratamento da dengue?

Não existe um medicamento antiviral para o tratamento dengue, apenas o uso de analgésico, antitérmico ou outra medicação para contornar os sintomas. Mas, atenção, nada de se automedicar se estiver com suspeita ou ter confirmado a doença, tá? Alguns medicamentos são contraindicados, como explica Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), em entrevista à Agência Brasil.

Segundo o especialista, o ácido acetilsalicílico, ou AAS, conhecido popularmente como aspirina, e outros medicamentos que agem sobre as plaquetas não são recomendáveis, assim como os corticoides na fase inicial da doença. A orientação, em caso de suspeita de dengue, é buscar a unidade de saúde mais próxima e passar pela avaliação de um profissional, que indicará todos os cuidados necessários, entre eles, repouso e ingestão de líquidos.

Cuide de você e de quem está do seu lado!

 

 

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