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Corrimento vaginal: quais são os tipos e o que eles indicam?

Na maioria das vezes, as secreções que saem da vagina são naturais e funcionam como sinais do corpo para você

Por Da Redação 4 nov 2022, 14h05

Quando algo está errado dentro de você, seu próprio corpo costuma dar sinais de alerta. Um deles é o famoso corrimento. Sabe aquela secreçãozinha vaginal que, às vezes, aparece na calcinha? Pois é. E você sabia que ela pode indicar uma infinidade de coisas, inclusive doenças?

É importante, no entanto, saber que nem sempre corrimento é sinal de doença. Às vezes, ele é ~tão natural quanto a luz do dia~. Todas as mulheres em idade reprodutiva – isso é, desde a primeira menstruação até a menopausa – têm. “Essa sensação de umidade varia de mulher para mulher”, conta Carmen Lúcia de Abreu Athayde, doutora em ciências da saúde. É legal saber também que esse tipo de corrimento natural mantém a vagina limpa, lubrificada e protege de infecções. A ginecologista Liliane Heter explica exatamente a aparência dessa lubrificação: “É uma secreção clara, sem odor, livre de coceira e sem alterações na pele da vulva (assaduras, fissuras, úlceras)”, explica.

Foto de uma mulher usando uma calcinha branca olhando a região da vulva com uma lupa
Predrag Popovski/Getty Images

Quando você está ovulando, o que acontece no meio do ciclo menstrual, essa secreção cervical aumenta e fica mais clara e elástica, parecida com clara de ovo. “Nessa fase, há uma maior produção de muco no colo do útero em resposta aos estímulos hormonais”, explica a doutora Carmen. Isso é natural e acontece para facilitar que o espermatozoide chegue ao útero e, assim, haja a fecundação. Notou esse corrimento? Cuidado, pois há maior risco de gravidez!

No período não fértil, contudo, o corrimento encontrado na vagina pode ser mais pegajoso e puxado para o branco. Até aí também nenhum problema. É só mais um sinal que o corpo está te dando. Nesse caso, que, em breve, você vai ovular! Entretanto, a doutora Liliane afirma que qualquer outra secreção vaginal que seja diferente dessas duas e que venha acompanhada de dor e/ou odor, por exemplo, merece atenção especial. “Todo corrimento que não for claro e apresentar sintomas associados, como dor, coceira, ardência e sangramento, inclusive após as relações sexuais, deve ser avaliado, pois pode indicar infecções por fungos ou bactérias. Ou, ainda, secreções decorrentes de processos alérgicos“, ressalta.

 

Se o muco for de cor amarelada ou esverdeada, talvez indique uma infecção, como a tricomoníase. Esse tipo de secreção também pode ser consequência de algumas ISTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis), como a gonorreia e a clamídia. Se o corrimento ainda estiver muito espesso, puxado para o cinza e acompanhado de outros sintomas, como mal cheiro, ardência e coceira, uma vaginose (inflamação causada por bactérias) pode estar na área.

A candidíase, que acontece quando um fungo natural da vagina se multiplica excessivamente, também deixa o corrimento bem mais esbranquiçado, com consistência parecida com queijo cottage, e pode até causar dor na hora de fazer xixi. É possível, ainda, que o muco seja meio marrom, o que pode indicar desde alguma infecção até restinhos de menstruação e/ou algum machucadinho interno na vagina.

Foto de uma calcinha preta sobre um fundo azul. No centro dela, algumas lantejoulas branca imitando secreção vaginal
Helin Loik-Tomson/Getty Images

Se você procurar na internet, vai encontrar várias soluções caseiras para tratar corrimento, mas é melhor tomar cuidado. “Às vezes, a menina interpreta como anormal uma secreção vaginal que é completamente natural, e se começar a usar soluções caseiras ou remédios por conta própria, pode propiciar o desenvolvimento de algo anormal”, as especialistas alertam. Por isso, se você achar que o seu corrimento anda estranho e se estiver sentindo algo errado com o seu corpo, não pense duas vezes e procure um ginecologista.

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É possível, no entanto, adotar algumas medidas diárias para prevenir algumas das doenças acima. A Dra. Carmen deixa claro que uma boa higiene é fundamental. “Evite o uso de substâncias como desodorantes íntimos, que podem desequilibrar a flora vaginal, além de evitar o uso continuado de roupas sintéticas, que abafam muito a região“, alerta. A Dra. Liliane ainda lembra que as roupas íntimas devem estar sempre bem secas. E cuidado com os biquínis molhados no Verão, hein? “Deixe secar ao sol, na secadora ou passe a ferro o fundilho de algodão”, aconselha. Calcinhas, assim como roupas de banho, não devem ser compartilhadas.

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Deu para perceber como ter um olhar sempre atento aos corrimentos é fundamental para cuidarmos da nossa saúde, né? Mas não precisa se preocupar: com os cuidados certos, seu sistema reprodutor fica sempre assim, nos trinques!

E, ah, não precisa ter nojinho do seu corrimento, viu? Ele, em diversos momentos, pode ser o seu melhor amigo! 😉

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